domingo, 28 de dezembro de 2008

São notas soltas sobre uma viagem que a princípio relutei em fazer; abracei e tardiamente encurtei. Até o momento, encontrei velhas pessoas em pontos nada comuns - sob o concreto cinza de outra cidade. Daí a se acostumar com as luzes e uma lógica monetária adversa.
Peppermint Mocca Twist e um casal na fissura de um cigarro; começo por comprar caneca e chicletes em embalagens exageradas e as moedas com prata e dourado valem não um, mas dois dólares canadenses. Começo a pensar em qual foi o tamanho da piada em ler Saramago falar de morte num avião que ficaria onze horas num breu. Quem é que faz questão da janela em voos noturnos?
Aqui em NY eu conto umas 1000 calorias apeoximadamente, por cabeça, logo no café. Isso mal eram nove horas da manhã no Starbucks da 57th. Tocam músicas de natal em todas as lojas e o conhecido e caricato sotaque negróide dos filmes é mais do que comum. Aliás, todas aquelas figuras dos clipes de rap e hip hop transbordam nas lojas como a Macy`s.
Muita gente bonita - ninguém daqui mesmo. As brasilienses no elevador do hotel não me associaram com minha família que se atrasava pelo corredor enquanto esbanjavam português. Tenho cara de que? Descobri que de italiano. Me disseram isso e também que sou parecido com o Elvis Costello.
As privadas no Museu de Arte Moderna não diferem em muito do tal padrão americano para bundas largas tão difundido nos banheiros públicos daqui. Me descobri no plain bagel com cream cheese e no venti americano com dois dedos de leite integral.
Essa cidade está toda a venda, mas ainda não falei do SOHO...

Um comentário:

Si disse...

O cético sábio
Sorri
Só com um lábio.

Millôr Fernandes in Hai-Kais.

ps. lembrei de vc mesmo (rs).